Justiça Agrária e Climática
Apesar de um declínio gradual da parte da mão-de-obra na agricultura, dois terços da população economicamente activa em Moçambique são agricultores do sector familiar. Embora a maioria viva em zonas rurais, quase um quarto da população economicamente activa nos centros urbanos também se descreve como camponesa (Castel-Branco, 2022). O país sofreu uma desindustrialização desenfreada nas últimas décadas e o boom da chamada ‘indústria’ extractiva emprega apenas uma pequena parte da população, principalmente porque nenhum destes recursos minerais extraídos é processado e transformado no país. É também sabido que Moçambique é dos países do mundo que mais sofre as consequências e os impactos das mudanças climáticas. Temos estado a assistir a fenómenos climáticos extremos cada vez mais frequentes e intensos. Um dos impactos mais significativos das alterações climáticas em Moçambique e na África Austral está relacionado com a segurança alimentar. A região é particularmente vulnerável às secas, que conduzem a quebras de colheitas, escassez de água e morte de gado.
A ALTERNACTIVA está empenhada em trabalhar em prol da justiça agrária e climática, que se traduz essencialmente numa luta pelos direitos dos pequenos agricultores ao acesso à terra, aos insumos agrícolas e a políticas públicas adequadas e a favor dos pobres, para que possam alcançar sua soberania alimentar e adaptar-se melhor às mudanças climáticas que estão a devastar Moçambique e especialmente as terras agrícolas rurais e periurbanas. Veja o nosso trabalho ( https://alternactiva.co.mz/justicaclimatica).